Ludmilla vence processo contra Marcão do Povo por racismo

A cantora Ludmilla anunciou nesta terça-feira (13) que venceu um processo por racismo contra o apresentador Marcão do Povo, após sete anos de disputas judiciais. Em publicação nas redes sociais, a artista compartilhou a decisão da Justiça, que reconheceu o episódio como crime de racismo.

“Em 2017, fui chamada de ‘pobre macaca’ por um apresentador ao vivo na TV aberta. Hoje, finalmente, foi reconhecido o racismo que tentei denunciar lá atrás. Essa vitória não apaga a dor, mas reforça que racismo é crime e tem consequência. Agradeço ao sistema judiciário brasileiro por apoiar essa luta. Justiça foi feita!”, escreveu a cantora.

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O episódio ocorreu em janeiro de 2017, quando Marcão do Povo, então apresentador do programa Balanço Geral DF, da Record TV, comentou ao vivo uma notícia sobre Ludmilla. Na ocasião, a cantora teria se recusado a tirar fotos com fãs alegando estar resfriada. Durante a transmissão, Marcão referiu-se a ela como "pobre macaca", declaração que repercutiu negativamente nas redes sociais e gerou forte indignação pública.

Logo após a polêmica, o apresentador foi desligado da Record. Pouco tempo depois, foi contratado pelo SBT, onde permanece no comando do telejornal Primeiro Impacto. À época, a emissora afirmou que o episódio era um problema pessoal do comunicador e que não interferiria em sua contratação.

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Ludmilla processou Marcão do Povo

Diante do ocorrido, Ludmilla entrou com uma ação judicial por injúria racial. Em primeira instância, ele foi condenado a um ano e quatro meses de prisão em regime aberto, além de uma indenização no valor de R$ 30 mil, destinada a uma instituição dedicada à causa racial e ao combate ao racismo.

Em dezembro de 2024, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) absolveu o apresentador. A decisão considerou que a principal prova — um vídeo editado com o trecho da declaração — comprometia a integridade do processo. 

Após recurso, o caso voltou a tramitar na Justiça. A nova decisão, anunciada nesta terça-feira (13), reconheceu o caráter racista da declaração de Marcão do Povo. O conteúdo completo da sentença ainda não foi divulgado publicamente.