Gabriela Duarte lembra de cancelamento na época de Por Amor: "Carreira acabou de começar"
A atriz irritou o público ao dar vida a Eduarda, filha de Helena (Regina Duarte)
Publicado em 14/05/2025 às 11:29,
atualizado em 14/05/2025 às 12:02
Em 1997, Gabriela Duarte viveu na pele o que hoje chamamos de cancelamento. Ao interpretar Eduarda em Por Amor e replicar a relação de mãe e filha com Regina Duarte (Helena) na ficção, a atriz foi alvo de críticas por causa da personagem.
"Se eu fosse parar para ficar olhando as críticas que eu sofri na época da Eduarda eu não trabalhava, não fazia mais nada. Eu tinha que seguir com aquilo, tinha que acreditar que eu estava fazendo o que era possível", afirmou a artista em entrevista ao videocast Novelão, do jornal O Globo.
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"Tinha uma pessoa escrevendo para mim, aquilo não estava saindo da minha cabeça. Em momento algum eu podia achar que, mesmo muito jovem, aquelas críticas eram pessoais. Embora às vezes você quase caia nessa loucura de falar: 'Putz, eu acho que a minha carreira acabou de começar e pode ser que acabe'", comentou Gabriela Duarte.
Na época, o público considerou a personagem escrita pelo autor Manoel Carlos mimada e arrogante, com direito à criação de um site, "Eu Odeio a Eduarda".
"Eu nunca entrei (no site). Eu ficava sabendo, claro. A internet estava muito incipiente, muito engatinhando, o que, aliás, é a minha sorte. É o que eu falo, eu fui cancelada antes de existir o cancelamento. Houve essa história do 'Eu Odeio a Eduarda', e as pessoas realmente pediam para o autor matar. Era um site em que as pessoas escreviam mensagens para o Manoel Carlos, tipo 'mata ela'", recordou a atriz.
Gabriela Duarte fala sobre possibilidade de morte de Eduarda
No papo com a jornalista Anna Luiza Santiago, Gabriela Duarte revelou que, na sinopse de Por Amor, existia a possibilidade de Eduarda morrer, mas o autor mudou de ideia.
"Existia uma possibilidade. Ela tinha uma fragilidade de saúde, tanto é que ela perde o útero, não pode mais ter filhos… Por isso que a Helena (Regina Duarte) dá a cartada final da vida dela. A princípio, existia a possibilidade de ela morrer na sinopse, e o Maneco, do jeito que ele era, falou: 'Agora ela não vai morrer'. Ele faz toda a redenção dela", explicou.
"Ela vira aquele mulherão que briga contra um sistema patriarcal, machista. Ela se divorcia, vai à luta, cria aquela criança. Hoje, vendo a novela, as pessoas mudaram muito a cabeça delas com relação à Eduarda… É o olhar, são os tempos que mudaram. E que bom! Houve um avanço, e não um retrocesso nesse sentido", comentou Gabriela.
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