Luto

Morre Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro e um dos maiores do mundo, aos 81 anos

Reconhecido internacionalmente, ele vivia com a esposa e o filho em Paris


Sebastião Salgado
Sebastião Salgado morreu nesta sexta-feira (23) em Paris, onde vivia desde a década de 1960 - Foto: Reprodução/Globo
Por Redação NT

Publicado em 23/05/2025 às 12:30,
atualizado em 23/05/2025 às 12:36

Morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, reconhecido como um dos maiores nomes da fotografia no mundo. Ele morava com a mulher, Lélia Salgado, e o filho Rodrigo, em Paris, na França. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Nascido em Aimorés, no interior de Minas Gerais, Sebastião Salgado se formou em economia. Durante a ditadura militar, exilou-se em Paris. Na década de 1970, começou a trabalhar na Organização Internacional do Café, como consultor no controle de plantações na África.

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Foi pelo trabalho nos cafezais africanos que descobriu a fotografia como forma de retratar a realidade. No retorno a Paris, iniciou a vida como fotojornalista na década de 1970.

Em 1981, cobriu os primeiros 100 dias do governo do presidente norte-americano Ronald Reagan (1911-2004). Foi o único fotógrafo a registrar o atentado ao presidente naquele mesmo ano.

Ao longo da carreira, destacou-se ao mostrar, entre outros temas, contextos de miséria na África, trabalhadores imigrantes na Europa e camponeses na América Latina.

O documentário O Sal da Terra (2014) mostrou a trajetória do fotógrafo. O filme foi dirigido por Juliano Salgado, um dos filhos do artista, e por Win Wenders, e concorreu ao Oscar de melhor documentário em 2015.

A morte foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não-governamental fundada pelo fotógrafo. "Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora", diz o texto.

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