Se arrependeu: Fábio Jr. cometia maior erro de sua carreira há 29 anos
Longe das novelas, Fábio Jr. recebeu três convites para voltar à teledramaturgia, mas escolheu a pior opção; astro se arrependeu de fazer produção rejeitada pelo público

Publicado em 06/05/2025 às 11:18
Atualmente com 71 anos, Fábio Jr. continua fazendo sucesso nos palcos de todo o Brasil. Além de cantor consagrado, ele também construiu uma carreira como galã de novelas que fizeram sucesso, como Roque Santeiro (1985) e Pedra Sobre Pedra (1992).
No entanto, o astro cometeu o maior erro de sua carreira a partir de uma escolha que fez em 1996. Ele estrelou Antônio Alves, Taxista, fracassada novela que estreava há exatamente 29 anos no SBT.
Três opções
Após brilhar em Roque Santeiro, Fábio Jr. demorou mais alguns anos para voltar às novelas, como o fotógrafo Jorge Tadeu, de Pedra Sobre Pedra.
Depois de recusar diversas propostas, o astro tinha três convites para voltar à televisão. A Globo o queria em O Fim do Mundo, minissérie que acabou sendo transformada em novela das oito; a Manchete, em Tocaia Grande; por fim, o SBT apresentou o projeto de Antônio Alves, Taxista.
O canal de Silvio Santos acabou levando a melhor ao convencê-lo a estrelar a trama feita em parceria com a produtora argentina Ronda Studios.
O folhetim, gravado em Buenos Aires, fazia parte de uma nova estratégia da emissora, que queria ter três faixas de novelas nacionais na grade. Vale lembrar que, além de Antônio Alves, Taxista, foram lançadas, no mesmo dia, Colégio Brasil, que era uma espécie de Malhação, e Razão de Viver, estrelada por Adriana Esteves.
Fábio topou a empreitada pela oportunidade de viver um taxista, que era a profissão de seu pai. Inclusive, foi o cantor que sugeriu que o personagem se chamasse Antonio, como seu progenitor - a obra era baseada no texto argentino Rolando Rivas, Taxista.
Escolha errada
Antes mesmo de Antonio Alves, Taxista entrar no ar, no entanto, a iniciativa já dava sinais de que seria uma grande roubada.
Logo no início das gravações, a atriz Sonia Braga, que havia fechado contrato para estrelar a produção, se rebelou e abandonou o barco, insatisfeita com a qualidade do texto e o tamanho de sua personagem. Ela foi substituída por Branca de Camargo.
A novela estreou no SBT em 6 de maio de 1996, no principal horário de novelas do canal. Ela substituiu Sangue do Meu Sangue (1995) na faixa das 20 horas, com reprise às 21h40. Porém, mal entrou no ar e já foi alvo de inúmeras críticas.
O texto, originalmente argentino, foi traduzido sem grandes adaptações e se mostrou datado. Além disso, a trama tinha um aspecto considerado "pobre" e com vários erros de continuidade. O público não aprovou e a produção amargou baixos índices de audiência, tanto que a reprise das 21h40 foi cancelada pouco depois da estreia.
Por fim, Fábio Jr. se mostrou arrependido de participar da produção, tanto que se recusou a gravar mais capítulos do que o previsto. Inicialmente, a trama teria 78 capítulos, mas cogitou-se esticá-la até o episódio 120. Por fim, foi finalizada com 82.
Depois de Antônio Alves, Taxista, Fábio Jr. fez somente mais uma novela: Corpo Dourado, na Globo, em 1998.
Outro fiasco
Antonio Alves, Taxista, foi, sem dúvidas, o maior fiasco da carreira de ator de Fábio Jr. como ator. No entanto, o artista já havia amargado outro fracasso na Globo em 1981, quando estrelou O Amor É Nosso, novela das sete exibida pela Globo em 1981.
Escrita por Roberto Freire e Wilson Aguiar Filho, depois substituídos por Walther Negrão, a trama girava em torno de Pedro (Fábio), um aspirante a cantor que vivia em uma república com outros jovens, não caiu nas graças do público e a audiência do horário caiu vertiginosamente.
O trauma foi tão grande que a Globo simplesmente apagou todas as fitas da novela, não guardando um capítulo sequer para contar história.