Memória

Novela que terminava há 37 anos teve paixão explosiva nos bastidores

Há exatamente 37 anos, em 13 de maio de 1988, terminava uma novela das oito que ficou marcada por uma paixão avassaladora que nasceu nos bastidores; confira os detalhes


Felipe Camargo e Vera Fischer em Mandala
Felipe Camargo e Vera Fischer em Mandala

Há exatamente 37 anos, no dia 13 de maio de 1988, terminava uma novela polêmica da Globo, que ficou marcada por uma paixão que explodiu nos bastidores.

Estamos falando de Mandala, de Dias Gomes, que estreou em 12 de outubro de 1987 e teve 185 capítulos.

Polêmica

Estrelada por Vera e o jovem Felipe Camargo, além de contar com nomes como Nuno Leal Maia, Perry Salles e muitos outros, Mandala não teve uma trajetória fácil.

Baseada na tragédia grega Édipo Rei, a produção teve duas fases. Na primeira, que se ava em 1961, a estudante Jocasta (Giulia Gam) se envolve com o místico Laio (Taumaturgo Ferreira). Ela fica grávida e assusta o parceiro, que acaba sumindo com a criança com a cumplicidade de Argemiro (Marco Antônio Pâmio).

Vinte e cinco anos depois, Jocasta (agora Vera Fischer) é bem-sucedida, mas busca o filho desaparecido. Separada de Laio (Perry Salles), acaba encontrando Édipo (Felipe Camargo) em uma estrada. Após uma discussão com o rapaz, Laio despenca de uma ribanceira e morre.

Jocasta se apaixona por Édipo, sem sonhar que se trata de seu filho. Além disso, destacam-se na trama o confronto entre o bem e o mal, representados por Édipo e Argemiro (agora Carlos Augusto Strazzer), e o bicheiro Tony Carrado (Nuno Leal Maia), apaixonado pela protagonista.

O regime militar já havia acabado, mas a Censura ainda existia. E ela implicou com as tramas de Mandala, considerada imprópria o horário. A novela tinha incesto, aborto, uso de drogas, violência e bissexualidade, entre outros temas.

Para a história não ser proibida, a Globo se comprometeu a fazer modificações na sinopse original. O beijo entre Jocasta e Édipo, que provocou discussões em todo o Brasil, quase foi vetado, mas aconteceu porque os personagens desconheciam sua condição de mãe e filho.

Dias Gomes escreveu Mandala até o capítulo 35, deixando o comando, após isso, com Marcílio Moraes. Lauro César Muniz ainda colaborou com os capítulos finais. A situação já estava prevista desde o início, somente foi antecipada por conta de uma doença sofrida pelo autor.

Paixão avassaladora

Novela que terminava há 37 anos teve paixão explosiva nos bastidores

Mandala também ficou marcada pelo início do romance entre Vera Fischer, na época com 36 anos e musa nacional, e Felipe Camargo, com 27 anos e ainda engrenando na carreira após estourar em Anos Dourados (1986) e Roda de Fogo (1986).

Os dois se conheceram nas gravações da trama e a paixão foi arrebatadora, ganhando as manchetes dos jornais e revistas da época. Vera era casada com Perry Salles (foto acima), que contracenava com ambos, e acabou se separando dele para ficar com Felipe.

O casamento veio em 1988 e parecia feliz. Mas aí começaram os problemas, agravados nos anos seguintes, até a separação, ocorrida em 1994.

Na época, ambos atuavam em Pátria Minha (1994), de Gilberto Braga. Vera vivia a protagonista, Lídia Laport. Ela chegou a ser afastada duas vezes da trama, a primeira por quebrar o antebraço após brigar com Felipe, e a segunda por constantes atrasos e outros motivos relacionados ao comportamento.

Os dois personagens acabaram morrendo na história. Para suprir o par de Pedro (José Mayer) na trama, papel que era de Vera, foi escalada a atriz Luiza Tomé, que viveu uma nova personagem, Isabel.

Recheada de polêmicas, Mandala nunca foi reprisada pela Globo e ainda não tem previsão de entrada no Globoplay.

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado