TV Gazeta quer Geraldo Luís para novo Perdidos na Noite; apresentador confirma
Em entrevista exclusiva, Geraldo Luís revela conversa com a TV Gazeta e destaca a importância da emoção na TV aberta

Publicado em 11/05/2025 às 09:15,
atualizado em 11/05/2025 às 10:45
Geraldo Luís confirmou, em entrevista exclusiva ao NaTelinha, que recebeu uma proposta da TV Gazeta para assumir o comando de um programa noturno na emissora. De acordo com o apresentador, a intenção seria desenvolver uma nova versão do Perdidos na Noite, um formato que se tornou icônico na TV, sob a apresentação de Fausto Silva. Além disso, Geraldo fez uma análise sobre o cenário atual da televisão.
“A TV Gazeta nos procurou. Eles querem fazer um programa noturno, com o auditório, meio que Perdidos na Noite, mas não tem nada acertado, foi só uma conversa”, explicou Geraldo Luís.
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Ao NaTelinha, o apresentador elogiou a iniciativa da emissora e a estrutura do Teatro Gazeta, que fica localizado na Avenida Paulista.
“A coragem da TV Gazeta em ativar o teatro ao vivo no final de semana já é demais para a TV aberta nesse momento. Invadindo a madrugada faria matérias como Goulart de Andrade e o povo da Augusta (artistas) ao vivo. Loucuras na noite com reportagens e histórias juntas.”
Geraldo Luís
Geraldo Luís demonstrou entusiasmo pelo projeto. De fato, atualmente não há nenhum programa semelhante na televisão aos sábados à noite.
Perdidos na Noite foi criado pela TV Gazeta, ou pela Record e, depois, foi exibido na Band até dezembro de 1988, quando Fausto Silva chamou a atenção da Globo e recebeu um convite de Boni para assumir o Domingão da emissora.
Considerado cult, o programa tinha como principal característica a espontaneidade e autenticidade. Conseguiu competir com o Viva Noite, do SBT, e o Supercine, da Globo, se destacava pelo humor irreverente e pela mistura de entrevistas, apresentações musicais e interações com a plateia. Além disso, as falhas técnicas faziam parte do entretenimento.
Geraldo Luís fala da TV
Em março deste ano, Geraldo Luís deixou a RedeTV!, onde apresentava dois programas: Geral do Povo e Ultra Prêmio Show. O comunicador explica que, embora seu contrato estivesse previsto para encerrar em setembro, a continuidade das duas atrações se tornou inviável devido à saída do principal patrocinador.
“A TV aberta precisa reconquistar seu público. Afinal, a televisão existe para atender aos espectadores. Onde estão os programas que realmente se aproximam da audiência hoje? Os diretores, produtoras e executivos precisam entender essa realidade."
Geraldo Luís
Segundo Geraldo Luís, atualmente, as pessoas am cerca de três horas no celular, consumindo exatamente o que procuram. Elas encontram o que desejam de forma imediata e personalizada. No entanto, na TV aberta, é necessário que o telespectador veja nela algo que realmente o atraia.
Ele relembra que seu programa Domingo Show, Record, ficou cinco anos e dois meses à frente da Globo, o que representou uma grande conquista. "Vencer a emissora durante esse período foi, de certa forma, uma resposta à própria Globo", afirma o apresentador.
Para o artista, embora fosse um programa simples, sem uma grande superprodução, o Domingo Show conseguiu cativar o público porque era feito para ele.
"Sou do público, sou da massa, sou do povo."
Geraldo Luís
Hoje, ele observa que grande parte das pessoas não se vê mais representada na televisão. "Por isso, quero voltar para a TV, para a grade, seja onde for, desde que o público se reconheça nela", destaca. De acordo com Geraldo, contar histórias para o público é essencial, mas questiona: "Qual emissora está disposta a apostar nisso atualmente? Quem quer trazer um programa popular, que dialogue com gente simples e suas histórias?".
O apresentador também aponta que a televisão perdeu algo fundamental: a emoção. "O público gosta de se emocionar, e isso sempre foi um fator decisivo para o sucesso de grandes produções", ressalta. Para Geraldo Luís, as novelas continuam relevantes justamente por esse motivo: "envolvem o espectador com enredos e roteiros que despertam sentimentos genuínos".