João Côrtes relembra trabalho como o "ruivinho da Vivo": "Marcou uma geração"

Atualmente em cartaz na nova temporada de Encantado's na Globo, João Côrtes percorreu um longo caminho até se solidificar no audiovisual após surgir como o "ruivinho" da operadora Vivo. "Até hoje tem gente que me aborda na rua falando dos comerciais! É curioso como aquilo marcou uma geração", diverte-se ele em entrevista ao NaTelinha.

"Eu era bem novo e aquele trabalho teve uma repercussão enorme. Claro que hoje em dia muitas pessoas me conhecem por outros projetos, mas volta e meia alguém solta um 'você não é aquele menino da operadora?' com um sorrisão no rosto. Eu levo numa boa, porque foi um trabalho que me abriu muitas portas", reconhece.

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Depois de ficar marcado na publicidade, ite que foi um grande desafio se firmar no audiovisual. "Muita gente me associava exclusivamente àquele personagem dos comerciais, que era muito caricato e popular."

"Precisei trabalhar bastante — estudar, me aprofundar em diferentes linguagens, me reinventar — pra mostrar que havia muito mais de mim como artista além da propaganda. Foi um processo, mas hoje eu vejo que consegui construir uma trajetória sólida no teatro, na TV, no cinema, na música... E sigo em movimento, sempre buscando novos caminhos e possibilidades criativas."

João Côrtes faz balanço da evolução da pluralidade na TV

Para o ator, a última década reservou uma transformação que ele acompanhou de perto. "Quando comecei, havia muito mais rigidez nos perfis, nos papéis, nas narrativas. Era como se existisse uma 'caixinha' muito específica pra cada ator ou atriz. Hoje vejo um movimento mais consciente, mais aberto à pluralidade de corpos, de vivências, de identidades."

No entanto, pondera que ainda tem muito caminho a ser percorrido. "Mas existe uma evolução real, sim. E o mais importante: om mais representatividade também vêm histórias mais ricas, mais verdadeiras, mais conectadas com o público. Me sinto feliz de estar nesse momento e poder contribuir com meus personagens e com quem eu sou. É uma luta coletiva — e ela continua —, mas já podemos celebrar algumas vitórias importantes."

Encantado's não teve testes para João Côrtes

Em cartaz nas noites de terça e quinta-feira na Globo como Celso Tadeu, o jovem revela que foi convidado diretamente pela equipe de criação da série, que acreditavam que ele poderia dar vida ao personagem. "Não precisei ar por testes dessa vez, o que foi uma honra e uma responsabilidade enorme", reconhece.

"Interpretar o Celso tem sido uma experiência transformadora. Ele é um personagem cheio de nuances, e mergulhar nesse universo me permitiu explorar diferentes facetas como ator. Além disso, a série aborda temas importantes com leveza e humor, o que torna tudo ainda mais gratificante."

João Côrtes sobre Celso Tadeu em Encantado's

Em pouco tempo de carreira, já transitou entre a TV aberta, cabo e cinema. Para ele, cada universo tem sua magia. Mas destaca outro lugar com carinho: o teatro. "É onde tudo começou pra mim, é onde sinto a energia do público em tempo real, e isso é insubstituível."

João Côrtes quer se desenvolver como roteirista

Na televisão por , viveu o Eric de O Negócio, da HBO, seriado que fez sucesso em várias partes do mundo. O ator conta que de fato ela foi surpreendente. "Ver meu trabalho sendo dublado em outras línguas e recebendo s de diferentes partes do mundo foi uma experiência única. Isso reforça a ideia de que histórias bem contadas têm o poder de atravessar fronteiras e culturas."

Agora, quem sabe ele pode desenvolver um seriado para chamar de seu. "Sigo com meus projetos autorais e com muita vontade de desenvolver novos trabalhos como roteirista também", diz ele, que quer se reinventar.

"Ainda não posso dar muitos detalhes, mas estou prestes a estrear em um projeto forte, intenso, que toca em temas urgentes. Assim que puder falar mais, vou compartilhar com todo mundo, porque é realmente especial", promete.

Questionado se ele ainda segue ruivo naturalmente, garante que sim. "Essa pergunta é ótima! Eu sou ruivo naturalmente, sim. Até agora não precisei recorrer a tinta, mas quem sabe no futuro? O importante é me sentir bem com a imagem que vejo no espelho, seja ela qual for. E, se um dia eu resolver pintar, também vai ser com prazer, até porque adoro brincar com visual, com estilo."