Cultura, turismo e mobilidade: Santos avança na revitalização do Centro Histórico

O Centro Histórico de Santos está ando por uma nova fase de revitalização, com iniciativas que integram cultura, turismo e mobilidade urbana. A Prefeitura anunciou duas frentes importantes: a regulamentação de eventos culturais promovidos por bares e restaurantes, por meio do projeto “Happy Centro”, e o início das obras de requalificação da Bacia do Mercado, prevista para este semestre.

Happy Centro

Na última sexta-feira (16), o prefeito Rogério Santos assinou o decreto que institui o “Happy Centro”, que permite que estabelecimentos localizados no Centro Histórico e nos bairros do Valongo, Chinês e Vila Nova realizem atividades culturais em áreas próximas, dentro de horários estabelecidos. As ações podem ocorrer das 17h às 2h nas sextas, sábados e vésperas de feriado, e até a meia-noite aos domingos.

O objetivo é estimular o movimento nos espaços públicos da região, oferecendo mais opções de lazer e segurança para moradores e visitantes. A ocorreu durante a primeira edição do “Café com Prefeito”, que visa fortalecer a relação entre o poder público e setores da sociedade. Na estreia, comerciantes e empresários foram convidados.

“Se o comércio não estiver aberto, não funciona. Os bares e restaurantes fazendo as suas atividades culturais agregam valor e trazem gente para o Centro. Quando você traz movimento para a região, traz também a sensação de segurança. Isso só reforça a nossa intenção de trazer a moradia para o Centro Histórico, que já tem estrutura, iluminação, câmeras de segurança, já tem tudo. O que é necessário é a revitalização e a reestruturação”, destacou o prefeito Rogério Santos.

Para aderir ao projeto, os estabelecimentos devem protocolar um pedido com 30 dias de antecedência no Poupatempo, apresentando alvará de funcionamento, plano de trabalho descrevendo as atividades e documentos do representante legal. Entre as regras está a contratação de, no mínimo, um segurança, aumentando proporcional ao público, além da proibição da cobrança de ingresso.

Conforme a determinação, são permitidas para uso durante os eventos apenas estruturas praticáveis, com altura máxima de 50 centímetros — como mesas e equipamentos de som e iluminação. A instalação de palcos ou outras estruturas metálicas de maior porte não será permitida.

Os responsáveis pela atividade deverão arcar com os custos de possíveis danos causados ao local utilizado, além de providenciar, por conta própria, os serviços de energia elétrica, abastecimento de água, saneamento e limpeza após o término do evento. A autorização concedida tem validade inicial de um ano, podendo ser renovada por até cinco anos. O não cumprimento das exigências poderá resultar no cancelamento da permissão, sem direito a indenização.

O projeto é istrado por uma comissão que integra as secretarias de Turismo, Comércio e Empreendedorismo, de Cultura, de Segurança, de Finanças e Gestão; de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade; da Ouvidoria e Controle; das Prefeituras Regionais e da CET – Santos.

Revitalização da Bacia do Mercado

Além das ações culturais, o Centro Histórico também será beneficiado por obras de infraestrutura: a requalificação da Bacia do Mercado, na Praça Iguatemi Martins, no bairro Vila Nova. As obras terão início ainda neste semestre.

O projeto prevê melhorias no sistema de drenagem, asfaltamento, paisagismo, nova iluminação e instalação de mobiliário urbano. Haverá ainda novos quiosques e embutimento da rede de energia, luz e telecomunicações. Um dos destaques é a modernização do terminal de catraias, que liga Santos a Vicente de Carvalho, com cobertura em arcos de concreto e vidro, sanitários, área istrativa e deck flutuante ível.

Também está prevista a abertura viária da Praça Iguatemi Martins até a Rua Sete de Setembro, criando um novo o à Avenida Perimetral no sentido Ponta da Praia.

"O projeto de revitalização do Centro Histórico é uma ação ampla, que envolve intervenções planejadas de forma integrada. A obra do Mercado Municipal e de seu entorno é um incentivo à atividade comercial e turística em local estratégico. Também envolve a importante capacitação da população para a geração de emprego e renda, especialmente no setor da economia criativa, assim como a atenção à segurança", ressaltou o prefeito Rogério Santos.

De acordo com Glaucus Farinello, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, a intervenção trará impactos positivos tanto para a cidade quanto para quem vive na região.

“A revitalização do Mercado e seu prédio principal, com a cervejaria, o VLT em sua porta, ampliando sua função de capacitação e inclusão, trará benefícios e oportunidades. Já a Bacia do Mercado, um ícone santista, com a devida qualificação e potencialização, beneficiará os milhares de usuários e também tornará um novo ponto atrativo para os turistas. Nossa ideia, inclusive, é trazer opção de eios pela água, ando pelos túneis, indo pelo Porto e chegando no Terminal Valongo", explicou.

O investimento total na obra é de R$ 10.754.221,37. Desse valor, R$ 6 milhões foram aportados pelo Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb), criado por lei municipal em 2013, com o objetivo de viabilizar projetos voltados à renovação e ao crescimento sustentável da cidade — como mobilidade urbana, infraestrutura básica e equipamentos comunitários.