Sem jornalismo pinga-sangue, SBT vence Record na manhã pelo 2º dia seguido
Emissora quer afastar o sensacionalismo no seu jornalismo

Publicado em 22/05/2025 às 12:35,
atualizado em 22/05/2025 às 15:24
O SBT mudou radicalmente a linha editorial do seu jornalismo nesta semana ao proibir o sensacionalismo diário que a alta cúpula entendia que vinha acontecendo. Daniela Beyruti, presidente da emissora, havia dito em coletiva no lançamento da nova programação, que a repetição de cenas chocantes não acrescentavam em nada.
A mudança de rota causou efeitos imediatos: a demissão do repórter Rafael Batalha e o deslocamento de Rodrigo Garavini, que agora assumirá o lugar do Macedão da Chinelada no Tribuna da Massa, afiliada do SBT no Paraná. E também na audiência.
+ Campanha contra personagem mudou rumo de novela que terminava há 27 anos
+ Ex-funcionário de Gracyanne Barbosa diz que ela fez "macumba" para reatar com Belo
Na Grande São Paulo - principal praça para o mercado publicitário -, o SBT se viu em segundo lugar na média-manhã (6h à meio-dia) por dois dias dias consecutivos nesta semana, ainda que a diferença tenha sido por apenas um décimo: 2,6 x 2,5 na terça e 2,8 x 2,7 na quarta-feira.
Apesar da mudança da água pro vinho em tão pouco tempo, o NaTelinha apurou que os noticiários pretendem continuar exibindo as notícias trágicas ou policiais consideradas relevantes. O que mudou nesse aspecto são as repetições que podem descambar para o sensacionalismo.
A nova direção quer "exorcizar" o mundo-cão da grade com o objetivo de se "aproximar da família" e até do próprio padrão instituído pela Globo, que faz coberturas jornalísticas até longas, mas que não tropeçam na armadilha do pinga-sangue.
Números são comemorados com cautela
Internamente, os resultados nos números foram comemorados. Com cautela. Tudo porque a partir da próxima segunda-feira (26), o SBT estreia, de fato, sua nova programação. E o jornalismo vai perder espaço com a volta do Bom Dia & Cia.
Além do Primeiro Impacto, quem terá que se adaptar é a nova versão do Aqui Agora, famoso por ter sido o precursor de um gênero que agora Daniela Beyruti quer combater.